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Nesta semana em que Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall, morrerá (de novo), o site MSN fez uma pequena compilação de algumas das falas da personagem na novela de 1988, Vale Tudo.
Reprisada pelo Canal Viva, virou sucesso de novo. Talvez, um dos motivos seja porque, essencialmente, o perfil do Brasil não tenha mudado muito de lá pra cá e a vilã falava o que dava na telha sobre a cultura da nossa terra. A maioria delas sem noção da realidade e, por isso mesmo, hilárias…
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– “Se eu encontrasse minha mãe vendendo sanduíche na praia, eu não viraria a cara para ela. Eu enterraria a cara inteira na areia. Minha mãe era uma jeca, mas não vendia sanduíche na praia.”
– “Às vezes eu tenho a sensação que as pessoas não viajam, não aprendem, não vão à Paris. Aliás, não vão nem à Buenos Aires.”
– “Eu gosto do Brasil. Acho lindo, uma beleza. Mas de longe, no cartão postal. Essa terra aqui não tem jeito. Esse povo daqui não vai pra frente, é preguiçoso. Só se fala em crise e ninguém trabalha?”
– “A única solução para a violência é a pena de morte. Para ladrão e assaltante, cortar a mão em praça pública. E se cortasse a mão dessa gente, diminuiria o índice de violência nesse país. Não tenha dúvida.”
– “Roma é a cidade eterna, mas eu continuo preferindo Paris. Aliás, Paris é minha pátria, assim como é de todas as pessoas civilizadas.”
– “Você acha que eu vou pegá-los no aeroporto? Eu acho a coisa mais jeca dar plantão em aeroporto. Eles até colocaram vidro para as pessoas não verem quem está chegando, mas mesmo assim as pessoas colocam o nariz no vidro, penduram criancinha pra dar ‘tchau’. Eu vou mandar o chofer.”
– “Nunca vi gostar tanto de fazer hora extra como trabalhador brasileiro.”
– “Nosso jantar é muito simplesinho. O primeiro prato é de uma simplicidade franciscana. Temos uma lagostazinha.”
– “Chinelo, chinelo… Que palavra horrível! Português é uma língua tão chinfrim.”
– “E eu que pensei que alguma coisa tinha mudado nesse país. Foi só botar o pé aqui que você começa a sentir esse calor horroroso, uma gente horrível no caminho, gente feia esperando ônibus caquéticos no ponto.”
– “O Brasil é um país de jecas. Ninguém aqui sabe usar talher de peixe.”
– “Você reserva pra mim um desses hotéis limpinhos que tem aí? De preferência um que não tenha um bando de mendigos na porta tentando agarrar a gente. Avisa também na recepção do hotel que eu detesto ver um monte de brasileiros na porta do meu apartamento falando português. Quanto menos eu ouvir falando português, melhor.”
– “Você pode imaginar uma menina inteligente e sensível como a Maria de Fátima [Glória Pires] morando em uma cidadezinha de interior ao lado da mãe? No dia do aniversário ganhando bolinho com velhinhas, olhinho de sogra, cocadinha, docinho de leite, salgadinho enfeitado com florzinha de tomate?”