A Star is Born… NOOOT!

Tem algumas fases na vida da gente em que queremos fazer de tudo. Na infância, por exemplo, eu queria ser astronauta quando crescesse. Muitos anos depois, quando a Challenger explodiu fiquei feliz por não ter sido. Foi durante esta constatação que eu já estava vivendo a fase de querer ser ator, fazendo cursos nas escolas de Jaime Barcelos, Emílio Fontana e Emil Grigoletto, para ter certeza de que era isso mesmo que eu queria. Neste último, a gente concluía o curso com a presença de gente como Cleide Yaconis e Herson Capri desejando “merda” pra gente no camarim, antes da apresentação. Não é chique?!

Depois de duas turmas de aulas com o nosso professor e ator Jacques Lagoa, me aventurei com o grupo do curso a montar uma peça infantil chamada Discoteca no Galinheiro. Apesar da situação hilária, foi uma fase gostosa e de muita coragem… Imagine você, eu e companhia, vestindo uma fantasia tosca de galinha e distribuindo folheto na rua para promover o espetáculo que se exibiria num teatrinho local. Pois é, minha gente, eu fiz isso. Rodamos São Paulo. Era a Discoteca no Galinheiro Tour: Santo Amaro, Moóca, Diadema, Teatro Oficina, Parque do Ibirapuera… Um luxo!

E como se não bastasse, eu ainda fazia o papel de um galo bêbado – o Pipo – à fim de uma perua (pelo menos a gente já tratava bem a diversidade).

Na estréia, as mães, familiares e amigos da troupe estavam presentes na platéia. Eu lembro que duas mães, especificamente, tinham gargalhadas escandalosas, quase histéricas mesmo. Uma delas era a minha. A outra era de uma menina chamada Brisa. A gente só não sabia identificar quem era quem.

O galo Pipo (euzinho, né?) chegou a participar de uma convenção de revendedoras Tupperware, improvisando um esquete com a coordenadora delas e meu colega Zé Ricardo (ele era o caçador). Nunca vi tanta mulher junto. Depois de me apresentar e sair correndo sob olhares e cumprimentos da mulherada, não deu pra negar que foi uma aventura divertida.

Cheguei até a desenhar uma versão da peça em quadrinhos. Cleovair Borghi (autor e irmão do ator Renato Borghi) se interessou em publicar mas nunca aconteceu.

Depois acabou. O pessoal sumiu. A fantasia de galinha criou piolho e foi para o lixo. Lembro com saudades daquele pessoal. Nunca mais soube de ninguém. Pelo visto ninguém seguiu carreira, senão eu já teria visto na mídia (ou eu não percebi ainda).

Mas, entre ter um emprego e tentar ser ator, eu ainda insisti mais um pouquinho na ribalta. Vi um anúncio de teste para um espetáculo no Centro Cultural de São Paulo. Depois de passar por alguns dias de testes, começamos ensaiar uma peça chamada Palomares. Mas, atritos em casa, por conta disso, fizeram eu desistir de continuar…

Mais tarde fui trabalhar na Globo… tintas e pigmentos (qua qua qua…) – Não sei por que riem sempre quando conto esta parte.

Embora eu não tenha seguido em frente, foi um bom e divertido período… E olha que eu não descarto a possibilidade de me aventurar de novo nesta seara… Será?

Bem, vamos ao momento do constrangimento: a foto abaixo, sei que é no Parque do Ibirapuera, mas não lembro do momento de ter tirado a foto. Verdade! Deu bloqueio.

Alguns amigos que sumiram: Brisa, Zé Ricardo, Nelma, Wanderley, Fernando… acho que é isso. Por onde andarão?

Mico no Ibirapuera

Outra turma, outro ano, outra peça: Palomares. Por favor, ninguém repare nos looks…

Não era desfile de melhor penteado, ok?

4 Respostas to “A Star is Born… NOOOT!”

  1. Roberta Bezzi Says:

    Amei. To rindo mto

  2. É o que restou da minha tentativa frustrada de ir para a Broadway. ha ha ha… Beijo, La Bezzi!

  3. Brisa Nogueira Says:

    Interessante… dia desses estava com o José Ricardo e falamos de você! Ele me disse que você desenhava muito bem e eu disse a ele que JAMAIS me esqueceria do Galo Pipo pois foi graças a uma cena em que eu pulava no seu colo e ele me soltava com um susto que quebrei irremediavelmente meu cóquis! Sempre que o tempo está para mudar eu me lembro de você! rsrs
    Ah! O figurino não era tosco não! Foi feito com tanto carinho….
    Beijosssssss “João do Pulo”, me mande um e-mail, ainda tenho contato com algumas pessoas daqueles tempos e uma fotos ótimas com você.

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