Sim, sou eu mesmo escrevendo este post. Quem me conhece (e são mais próximos) sabe que o titulo acima não tem nada a ver comigo. E não tem mesmo. Não gosto de futebol. Pronto, falei!
E quando os aficionados pelo esporte (o taxista, o homem da banca de jornal, um desconhecido da fila, os cunhados…) resolvem puxar o assunto comigo sobre o último jogo da “Libertadores” ou perguntar qual o meu time, a minha cara de pastel no momento diz tudo. E se isso não bastar, daí sou obrigado a soltar a blasfêmia:“Eu não gosto de futebol.” – e me olham mudos, de olhos arregalados.
Há uma convenção neste país de que qualquer ser humano do sexo masculino obrigatoriamente tem que gostar de futebol. Será que é porque julgam ser uma coisa bem de macho? Então, como diz o último mico leão dourado, “aproveita que você está sonhando e pede um pônei”. Primeiro, é só googlar pela web para perceber a onda de homoerotismo evidente no meio e; segundo, embora torçam o nariz, as equipes femininas de futebol são uma realidade.
Porém, caros amigos, toda regra há uma exceção. Neste caso, é quando ocorre o maior e mais popular evento esportivo do planeta: a Copa do Mundo. Na minha opinião, não pelo fato de ser um jogo de futebol, mas pelo espírito de união proporcionado pela competitividade saudável entre as nações. Não há como não ficar tenso ou não se emocionar em alguns momentos, principalmente quando o Brasil está jogando (no nosso caso, óbvio). Misteriosamente, sou tomado por estes sentimentos também.
O único saco, durante este período, é ser bombardeado pela mídia com a “Copamania”. Afinal, se muitos faturam pacas na indústria do futebol, quem dirá em época de Copa: são comerciais, promoções, sorteios, mail marketing, jornalismo… Tudo é muito “over”, o que acaba irritando. Mas na hora do jogo, todo mundo esquece tudo e o foco é um só.
O país se enfeita de verde e amarelo (pena que somos patriotas apenas neste momento), a gente rói a unha, aquela tia que não entende “lhufas” de futebol, faz os comentários e as perguntas mais descabidas para irritação dos demais, as ruas ficam vazias e em completo silencio até… surgir um gol… gritos, fogos, bagunça – e a emoção é a mesma pra todos.
Não tem como negar o efeito que a Copa do Mundo provoca. E, pra mim, isso se repete desde a primeira copa que eu me lembro – em 1970 – quando era a Copa de Pelé, Rivelino, Tostão, Jairzinho, Gerson… Eu via todos pela Colorado RQ lá de casa ou pelo álbum de figurinhas que (acredite!) eu tinha… E em dia de jogo do Brasil o céu se cobria de balões coloridos (naquela época podia).
O tempo passa e a emoção continua pelas gerações. Por isso, ainda destacando o que fica de bom nisso tudo, vou para o campo do marketing por conta de uma das empresas que são craques no meio esportivo: a Nike – a poderosa mãe da matéria, apresentando o seu novo filme show que já é sucesso no Youtube.
No Brasil, o destaque fica com a Seara, que botou os meninos da seleção para rebolar ao som de Beyoncé. Embora o sorriso simpático do Neymar não vá para a África, por aqui ele não escapou da Africa, a agência de publicidade que o convocou para este momento.
Área J 